terça-feira, 31 de maio de 2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011

 
Sabe quando você sente que precisa escrever mas não escreve porque tem medo de sentir?
 
 

domingo, 29 de maio de 2011


Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto. Faço férias das sensações. Compreendo bem as bordadoras por mágoa e as que fazem meia porque há vida [...] Estas confissões de sentir são paciências minhas. 

Fernando Pessoa

quarta-feira, 25 de maio de 2011

“Há certas pessoas que são tão importantes pra nos, que vale a pena reservar um cantinho em nosso coração para ela. Se em algum momento precisar, seu lugar estará ali guardado, a esperando de braços abertos”. 
 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

 
Não sou boa de tristeza, não sei o que fazer com ela. Ela chega, me abraça, me beija e enfia sua língua métrica garganta abaixo e eu sufoco, embrulho, claudico. As paredes do mundo esmaecem dois tons, os ruídos triplicam de decibéis, as esperanças encolhem ao tamanho das pulgas, os cansaços se expandem com barrigas imensas. Talvez um porre ajudasse a distencionar o peito, pusesse lá um aquecedor qualquer, mas não sei sentar e beber pra afogar mágoas. Álcool, pelo menos pra mim, é ritual de felicidade. Falar da tristeza também não serve, me faz sentir ridícula. Colocar sobre a mesa aquela coleção miserável de nadas irrelevantes e convencer alguém de que o conjunto constitui um grande drama é imbecil e cansativo. Desisto invariavelmente antes de começar. Chorar e chorar e chorar só acrescenta à tristeza uma tremenda dor de cabeça, olhos inchados e nariz deformado. Tenho que esperar passar. Mas pior que de tristeza, eu sou de paciência

sexta-feira, 20 de maio de 2011


 "Não iriam entender que de vezes enquando a gente fica triste sem motivo, ou pior ainda, sem saber sequer se está mesmo triste. (…) Deitar a cabeça nos braços, apoiar os braços na janela aberta, vento entrando, remexendo nos cabelos, no rosto, jeito de lágrima querendo rolar…"
Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 19 de maio de 2011



Deixa eu brincar de ser feliz, 
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz, 
Deixa eu pintar o meu nariz
 Los hermanos - todo carnaval tem seu fim

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond de Andrade
 
 
 

sexta-feira, 13 de maio de 2011


 Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.




quinta-feira, 12 de maio de 2011



Sinto que estou mudando meu jeito...
meu estilo....
minha vida....
meu pensamento...
minha percepção...
mudando meu jeito de mudar....
estou mudando tudo por vc....
e mudando para melhor...
pq vc é o meu melhor....

Cursed Sun


terça-feira, 10 de maio de 2011



Meu dia-dia é mais tranquilo até o momento em que minha cabeça me leva até você. Minha cabeça me trai, o coração aperta, a atenção esvanece o frio na barriga... Com tantos sintomas a saudade até parece doença, mas sei que a cura é a sua presença...


segunda-feira, 9 de maio de 2011



Eu sou feita de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.
Martha Medeiros
 
 
 

quinta-feira, 5 de maio de 2011


 Os dois testes mais duros no caminho espiritual são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos.
(Veronika decide morrer)
Paulo Coelho
 
 
 

quarta-feira, 4 de maio de 2011


Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe parecem verdadeiras. Desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida mas, infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser. Nó aperta, laço enfeita, simples assim."

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer 
pelas nossas projeções irrealizadas, 
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante 
e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, 
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela 
nossas mais profundas angústias se ela estivesse
interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, 
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que
mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas
com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, 
apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós
um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? 
A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade